A Amazônia Azul possui biodiversidade ainda maior que a Amazônia Verde
10 de agosto de 2012
Daniel F. S. Martins
Almirante fala sobre Amazônia Azul, para auditório lotado do Clube Homs, Av. Paulista.
“Após esta palestra sobre a Amazônia Azul, não veremos mais o assunto
como pessoas à pé, mas aportados na nau capitânia de um dos maiores
conhecedores do assunto”. Com essas palavras, o presidente do Instituto
Plinio Corrêa de Oliveira, Dr. Adolpho Lindenberg, passou a palavra ao
Vice-Almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, que então proferiu a
interessante palestra
Amazônia Azul – Importância e defesa deste rico patrimônio brasileiro. O evento ocorreu no Clube Homs, da Avenida Paulista, em 9 de agosto último.
O Alm. Gusmão mostrou como 72% dos brasileiros desconhece o conceito
de Amazônia Azul, apesar de sua imensa importância para o presente e
sobretudo para o futuro do Brasil. Amazônia Azul é o termo que designa o
conjunto dos recursos naturais, econômicos e estratégicos contidos na
área de mar sob a jurisdição do País: 3,6 milhões de km². Em 2004, o
Brasil pleiteou o aumento dessa área. Quando a proposta for aceita, essa
área contará com mais de 4,5 milhões de km², uma área maior do que a
Amazônia Verde.
Animada conversa após a conferência, durante um coquetel.
Durante a palestra, o Almirante destacou as diversas vertentes da
Amazônia Azul. Do ponto de vista de recursos naturais, ela possui uma
biodiversidade ainda maior do que a Amazônia Verde (sic!).
Do ponto de vista econômico, ela controla 95% de nossas exportações,
que somam mais de US$180 bilhões por ano. O potencial de pesca é
estarrecedor, e até hoje pouco explorado. Nessa faixa o Brasil prospecta
mais de 85% de seu petróleo.
Do ponto de vista da soberania, o conferencista mostrou o grande
papel que a Marinha tem desempenhado. Ela fiscaliza todo o mar
territorial, pois não há como construir barreiras físicas como é o caso
das fronteiras. Realiza o controle da marinha mercante, e combate a
pirataria, o contrabando e o despejo de material poluente.
Do ponto de vista estratégico, o Almirante mostrou o projeto de
submarino de propulsão nuclear que está sendo posto em prática, com
tecnologia genuinamente brasileira. Trata-se de construir um sistema
mais rápido e que não dependa de subir à superfície para recarregar as
baterias. É essencial inibir a ação de possíveis invasores em nossa
plataforma continental, tarefa própria dos submarinos.
O príncipe Dom Bertrand de Orléans e Bragança proferiu as palavras
finais, mostrando como as riquezas contidas na Amazônia Azul são um
presente da Providência em vista de um futuro glorioso que nos aguarda,
futuro este que depende em larga medida da ação de nossas Forças
Armadas.